Seminário de Combate à LGBT+fobia discute pluralidade no futebol e no entretenimento

O Mineirão recebeu, nessa quarta-feira (25/06), a 3ª edição do Seminário de Combate à LGBT+fobia, encontro que discutiu a pluralidade dentro e fora dos estádios, tanto no futebol quanto no cenário do entretenimento. Como uma arena comprometida com a inclusão, a diversidade e os direitos humanos, o Gigante da Pampulha abre espaço para diálogo e reafirma seu compromisso como um agente de transformação social e o desenvolvimento humano.
No próximo domingo (28) é celebrado o Dia do Orgulho LGBT+ e o Gigante da Pampulha. O seminário contou com a participação de profissionais do mercado do futebol, representantes de Cruzeiro, Atlético e América, torcidas organizadas, estudantes, ativistas, lideranças públicas e privadas e representantes da sociedade civil.
“O Mineirão tem o papel de reunir todos os povos, ele não é só de futebol, é de todos os povos, um estádio multiúso, que consegue dialogar com diferentes pessoas da nossa sociedade”, ressaltou Yuri Senna, cofundador do coletivo Marias de Minas e Canarinhos LGBT.
Para o coordenador de comunicação do Mineirão, Marcelo Megale, promover mais uma vez o seminário reafirma o compromisso do Mineirão com seus princípios. “Ao potencializar esse debate sobre representatividade e visibilidade em um espaço historicamente simbólico, o estádio reforça seu papel como agente de transformação social e desenvolvimento humano”, destaca.
O encontro também discutiu o trabalho realizado no futebol feminino que tem, em sua maioria, profissionais LGBTs. “O futebol amador não tem esse peso, não tem essa cobrança, tem outros desafios, mas não esse desafio cultural e misógino. E quando eu chego no América, em 2015, e não sabia o quão difícil era ocupar esse espaço”, ressalta Bárbara Fonseca, hoje diretora de futebol feminino do Cruzeiro.
Como novidade do seminário deste ano, a indústria criativa também ganhou espaço no debate pela diversidade. Para o produtor cultura Ed Luiz, da @bsurda, maior festa LBGT de música pop de Minas, a oportunidade de realizar eventos no Mineirão mostra o quão democrático o estádio é.
“Nós fizemos uma pesquisa numa festa nossa aqui e 70% nunca tinha pisado num estádio de futebol. E quando a gente ocupa esse espaço é muito legal. Por mais que seja poucas horas, é o momento que a gente tem para as pessoas sentirem o que realmente são”, ressaltou.
O seminário também discutiu a cultura das arquibancadas, com representantes de torcidas organizadas, e a importância da representatividade institucional e simbólica para romper ciclos de exclusão.
Fotos: Mineirão/Agência i7

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